FLUIDOS ETÉREOS
Eu preciso de todas as flores
de todos os amores e todos os perfumes
para pintar a aquarela da vida
na quietude da noite
Eu preciso de todos os fluidos
para que minha poesia
irrompa como um incêndio
e arda como a luz do sol,
para ser fogo da vida
e força do espírito.
Eu preciso cultivar, para outros colherem
nesta messe, onde o trabalho de mão
é feito com prece.
Que importa a imensidão do céu,
nuvem que perpassa entre labirintos de silfos,
se a felicidade consiste na emoção
de pintar, escrever, conceber e amar,
entre corações apaixonados
com vibrações etéreas claras e luminosas.
E agora, repentinamente,
encontrei-te!
Numa tarde bela e calma,
músicas de ternos arpejos tocarão
ao nosso amor nova sonata
pelas mãos que pousarão sobre as minhas
que nós conduziremos ao paraíso.
Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 15/04/2008