FILOSOFIA POÉTICA
Neste viajar constante, já fui pedra de dormir
vã filosofia, idiossincrasia, arcanos ocultos
na sombra mística florescendo inconsciente
uma saudade de outras vidas
Roteiro incerto carregados de lúdicas fantasias
que vagueiam nos labirintos
velejando a esmo, acima de onde parti,
tão repentino que passa fugaz como o vento
Dualismo da existência acima das turbulências
querendo entender o que fui,
o que sou, e o que eu penso
De repente, alguém saindo lá do fundo,
fez-me prisioneiro de uma paixão
na alquimia dos desejos e me atingiu
como uma lança de fogo
Só então despertei, senti mais atração
nos prazeres ardentes do que abnegação
e pureza, sôfregos de angustia
em cada versejar da minha canção
Despertei feliz no fundo de mim mesmo
com desejo de conhecer a beleza de
outros mundos na plantação de um novo tempo
É preciso viajar entre estrelas para colorir
a filosofia poética por onde penetra a luz do amor.
Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 05/11/2007