DÚVIDA
Meu terno amor,
a vida é uma simples vereda,
no vazio das horas.
Sou o sonho que dormita,
na minha tranqüila solidão,
acima das coisas bonitas, além do fulgor do sol,
que reflete e acaricia essa beleza voluptuosa.
Teu rastro de ternura, de flores e estrelas
acarinham-me suavemente,
e eu escuto absorto o murmúrio da tua voz,
que canta em tom nostálgico a nossa canção.
Não importa que tivesses a brevidade
da vida das flores,
foste a dúvida imutável, porto inseguro,
porque te espero sempre
mesmo acreditando que não voltarás jamais.
Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 30/09/2007