PLATÔNICO
Por momentos,
num céu monótono azul-cinza,
pulsa uma angustia,
uma dor funda na alma,
marcando batidas cardíacas
no compasso vital das emoções
Olhos vermelhos marejados,
sem saber o que fazer,
impaciente, meio farsante, hipócrita,
a saudade lateja forte no peito
como num vôo rasante
Penso no meu amor,
maroto, distante, inconseqüente,
que de tão fugaz,
faz emergir o abstrato mais platônico
das paixões.
Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 15/05/2007