PEDRA DISPERSA
Naveguei no mundo da poesia
disperso em imagens a vagar,
sem rumo, sem porto
e um sonho que se tornou pedra
que outro sonho nela medra
para ser pedra também...
De sobre a pedra vejo um mundo
que a noite vem do mar
cheirando cravo e canela,
que perfuma o ar
e quebra o silêncio do horizonte,
presos no colar da elipse traçada
no giz da pedra.
A pedra alicerça a montanha
que vai além do infinito,
da solidão e da saudade,
passeiam livres,
espelho claro-escuro das estrelas,
flutuando no zodíaco
proporciona o contemplar,
revela a imensidão exata do meu amor.
Na pedra uma rosa audaciosa
nasceu ardente, selvagem
insinuando em sons de afagos
entre o cio e a ternura,
que é pelos beijos
que se mostra a febre da paixão
Eu te amo...
como a luz que as nuvens tangem
perto de Deus.
Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 11/05/2007