ROSAS AO SOL
A tua ausência tange
uma saudade que dói
sobre meu olhar vazio,
sem começo e fim.
No roseiral,
nasceu uma rosa escarlate
e novo sol transluz
a imagem da beleza
vertida pelo ilusório.
Busco nos versos
a poesia inacabada
que à luz do olhar,
sem direção fixa o nada,
frios às emoções.
A musa adormecida repousa
no meu peito e é dela a música
que escuto reverberando nos meus ouvidos.
À tua ausência
se funde ao som da dança de Eros,
me seduz ao voo da metáfora,
onde a pedra engendra a pedra,
o frio, a água e o calor,
faz a flor brotar radiante.
Na abstração, está a relação
mais íntima de viver o amor.
Na tua ausência,
rabiscando ao vento,
escrevo teu nome para não te olvidar.
Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 08/07/2012