AUSÊNCIA
Nada sou porque meus olhos
perdidos ficaram no teu olhar.
Por que sofro nesta solidão
que se levanta tão frágil,
se prende e solta, flutuando, esvoaçante.
Meus sonhos de ilusões perdidas,
são castelos de bolhas, náufrago de fantasias,
pesadelos de retorcidos estilhaços,
síndrome da insolente paixão,
singular sinfonia ao teu carinho.
Na quietude da noite,
minha paz se transforma
em angustiante saudade que navega,
no oceano de brumas e não escuto sua voz,
adormeço a alma... lembranças
do sonho ausente.