CANTIGA ANTIGA
O azul abstrato que é azul-turquesa,
colore o mar azul, azul-prata.
Descortina-se no horizonte o sol amigo,
que mansamente aquece nossas almas,
canto alegre e feliz uma cantiga antiga de ninar,
ousando desnudar nossa morada.
Aconchego-te no meu abraço carinhoso,
envolto em rastros de ternura,
de flores e estrelas.
Caminhamos só clandestinos na praia,
observo atento teu jeito esguio e gracioso,
que devagar desliza na brisa matinal,
pelos meandros sem fim do pensamento.
Cheios de sedução, corpos ávidos e inquietos,
pressinto no espaço uma inevitável fascinação,
forte, selvagem, espargindo um cheiro de cio,
que lentamente desperta uma poderosa volúpia.
Há sinfonias cantando nessa hora,
envolto na poeira dos astros perdidos em sonhos feiticeiros,
levando nossas mãos entrelaçadas.
Planando fantasias, o encanto suspira êxtases
que me embriagou...
de amar infinitamente um só amor.
Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 26/08/2008
Alterado em 26/08/2008