BAÚ DE SAUDADES
Quem me vê quem me conhece,
prisioneiro dos meus sonhos,
ando em busca de um milagre,
neste final de tarde.
Minhas mãos estão vazias
e minha vida incompleta,
ecoou no meu universo contido, sustido,
diante do mundo da realidade,
uma fantasia para devanear.
De repente,
Revolvendo meu baú de saudades,
sinto emoções já experimentadas,
hoje já deletadas do meu navegar.
O sol que banha meu interior,
não é o mesmo de outrora,
olho para ele com certa intimidade,
não parece querer uma relação profunda,
ele vem se esconde e volta.
Penso que o sol está apreensivo,
afastado dos relacionamentos assumidos,
esvaecido com a futilidade do egoísmo humano.
Acho que ele esqueceu tudo de mim.
desprezou nossos encontros anteriores.
Volto a encarar sua majestade... o rei!
Ele está imponente, radioso, imperial,
aquecendo o coração de pobres mortais
como sempre vem fazendo ao remanso do tempo.
Talvez um pouco entediado e triste.
Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 02/08/2008
Alterado em 15/09/2008