O POETA **** A POETISA
Hoje, o poeta, acordou só,
dispersos nos labirintos do pensamento,
alguns versos inspirados na avalanche emocional,
rabiscados em folhas de papel,
escritos no calar da insônia.
De repente, rompe o ventre
uma nova poesia,
cheia de imagens, fantasias,
delírios e sonhos,
que habita a insaciável e inquieta alma humana.
O poeta não é um fingidor da dor alheia.
É um semeador de ilusões, encantos, magias.
Baliza o segredo abrigado nos corações,
e faz aflorar a sensibilidade dos amantes.
Escuta a canção do vento em serenata a cantar.
Mira o vôo rasante
das águias sobre as ondas,
colhe dos jardins
a primeira rosa desabrochada,
vai espargindo amor através dos caminhos.
O poeta coloca vida, cor e amor, tecendo sons,
mistérios, luzes, raiadas no brilho dos olhares,
à procura de um céu pleno de astros.
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A Poetisa
by Cel
Hoje acordei só
meu coração não quer poetizar
amanheceu mal-humorado
cansado e desacreditado
por não ter a quem amar.
Hoje acordei só
coberta por lençol de linho
adormeci com as estrelas
fui juntando-as
a noite inteira
fazendo uma ponte com meu carinho
para chegar bem perto
e te-las.
Hoje acordei só
coração está malcriado
parece estes meninos danados
que não param prá escutar
já tentei dizer mil vezes
prá ele deixar de sonhar
esquecer suas estrelas
pois não tem a quem amar.
Hoje acordei só
tão sozinha me abracei
senti tocar meu rosto
como se fosse um beijo doce
do amor que sempre sonhei
era a brisa que passava
vinha adoçar a minha alma
não resisti ... poetizei !
*** Labirintos da Alma ***
Cel (Cecília Carvalho)
Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 10/07/2008
Alterado em 10/07/2008