POESIA ABSTRATA
Sete da noite na Rua Treze
gente que vai,
vem
e volta
de rostos cansados e tristes
Passos ecoam,
passam
os passos seguem
ouço-os,
agora já distanciados
Há uma mulher
em cada esquina
Isa, Geni, Anita e Bárbara
Meia noite na Rua Treze,
no subconsciente visão
da negritude,
espectros,
imagens disformes
vão-se....
imersos pela estrada que finda na
avenida das ilusões
Sexta-feira na Rua Treze,
lua cheia
madrugada em silêncio
cabelos arrepiados,
coração acelerado
Chego à encruzilhada e o dilema
me acompanha
corpo e mãos trêmulas,
apreensivas
Dia Treze na Rua Treze
olhar de águia,
suor frio
passos rápidos
respiração ofegante
bem que queria ver os teus olhos
mas não posso!
De repente,
tomo a água da coragem
reflexão, abstração
alguém, ninguém
Vou caminhando ao encontro do
abstrato na odisséia
da verdade.
Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 25/06/2008